quinta-feira, 1 de abril de 2010

A História da Maquiagem

A história da maquiagem começa no antigo Egito, onde vamos encontrar os primeiros testemunhos do uso de cosméticos. Os faraós usavam, como forma de distinção social, perucas coloridas e a maquilagem escura nos olhos. As misturas de metais pesados davam o tom esverdeado para impregnar e proteger as pálpebras dos nobres. Cleópatra representou bem o ideal de beleza daqueles tempos. Carismática e poderosa, imortalizou seu tratamento banhando-se em leite, cobrindo as faces com argila e maquilando seus olhos com pó de khol.


Desde esse período a pele clara era obsessão de todas as mulheres. Dizia-se inclusive que Popéia, a segunda esposa do imperador romano Nero, tinha a pele muito branca graças ao resultado de constantes banhos em leite de jumenta. Mas a verdade é que a bela complementava seu tratamento de clareamento maquilando as veias dos seios e testa com tintura azul. O Kama Sutra, escrito entre os séculos I e IV, define a mulher ideal como Padmini, aquela que tem "...a pele fina, macia e clara como o lótus amarelo..." No Japão, do século IX ao XII, a valorização da pele branca era regra geral. Para obter a aparência extremamente clara as mulheres aplicavam um pó espesso e argiloso feito de farinha de arroz, chamado oshiroi. Depois passaram também a usar o beni, pasta feita do extrato de açafrão, para colorir as maçãs do rosto.


Mas nem só de aprovação caminhou a história dos cosméticos. Na Roma antiga a indignação masculina frente aos artifícios femininos de de maquilagem está registrada em obras imortais, como escreveu Ovídio "...Como não sentir repugnância diante da pintura espessa em sua face se dissolvendo e escorrendo até seus seios? Por que tenho de saber o que torna sua pele tão alva?..." Andreas de Laguna, o médico espanhol do Papa Julius III, dizia que a maquilagem das mulheres era tão espessa que dava para cortar "a nata da torta de queijo de cada uma das bochechas." (Ecaaa!)


No final do século XVIII, o Parlamento inglês recebeu a proposta de uma lei que tentava impor sobre as mulheres a mesma penalidade por adorno que era imposta por bruxaria. O termo desobrigava de suas responsabilidades os maridos que haviam casado com uma "máscara falsa": "Todas as mulheres que à partir deste ato tirarem vantagem, seduzirem ou atraírem ao matrimônio qualquer súdito de Sua Majestade por meio de perfumes, pinturas, cosméticos, loções, dentes artificiais, cabelo falso, lã de Espanha, espartilhos de ferro, armação para saias, sapatos altos ou anquilhas, ficam sujeitas à penalidade da lei que agora entra em vigor contra a bruxaria e contravenções semelhantes e que o casamento, se condenadas, seja anulado..."

Mas apesar da postura radical dos costumes rígidos, com os desenvolvimentos científicos desde o século XVII o ato de pintar os lábios tornou-se moda, mas somente no século XX, com os avanços da indústria química fina, que os cosméticos se tornam produtos de uso geral. Em 1921, Paris é palco de uma verdadeira revolução na história do batom. O sucesso é tal que em 1930 os estojos de batom dominam o mercado americano, trazendo uma nova fase para o desenvolvimento destas formulações. A morena Marilyn Monroe usava maquilagem clara e pintava lábios vermelhos intensos, atraindo e intensificando sua feminilidade.

Cada vez que um grande costureiro lançava uma nova coleção de cores e formas para as roupas, lá vinha um tom de sombra específico para os olhos, uma nova cor de boca. Dior, Chanel, Yves Saint Laurent e todos os grandes fabricantes ousavam e enchiam os olhos das mulheres de todo o mundo com suas criações cada vez mais tentadoras. E é no final da década de 80 que entram em lançamento as fórmulas evoluídas para cosméticos pigmentados e fórmulas baseadas em tecnologia de vanguarda, cujo uso garante propriedades bem interessantes para nossa beleza, como proteção solar, umectação e controle do envelhecimento da pele.


Fonte: www.maquiagemfacil.com.br

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