quarta-feira, 18 de março de 2009

Não cheguem ao topo

Esses dias recebi um e-mail de uma amiga e apesar de evitar ler e-mails pessoais em horário comercial esse texto de Roberto Goldkorn, psicólogo e escritor me pareceu atraente pelo currículo do autor. Quando comecei a ler (sem atenção) julguei ser mais um texto triste que no final pede que enviemos para 7, 10 pessoas e blá blá blá. Mas não. Ele me surpreendeu com louvor fazendo observações relevantes de coisas tão simples e despercebidas em nossa vida. Ele descreve o desconforto de saber que seu pai tem Alzheimer e nos passa uma lição importante sobre como manter a saúde de nossa mente.
Meu pai está com Alzheimer. Logo ele, que durante toda vida se dizia 'o Infalível'. Logo ele que repetiu, ao longo desses 54 anos de convivência, o nome do músculo do pescoço que aprendeu quando tinha 13 anos e que nunca mais esqueceu: esternocleidomastóideo. O diagnóstico médico ainda não é conclusivo, mas, para mim, basta saber que ele esquece o meu nome, mal anda, toma líquidos de canudinho, não consegue terminar uma frase e tem os famosos delírios paranóicos comuns nas demências tipo Alzheimer.
E o que fazer... para evitarmos essas drogas?
Meu conselho é para vocês não serem infalíveis como o meu pobre pai; não cheguem ao topo, nunca, pois dali só há um caminho: descer. Inventem novos desafios, façam palavras cruzadas, forcem a memória, não só com remédios, mas correndo atrás dos vazios e lapsos.Mantenha-se interessado no mundo, nas pessoas, no futuro. Invente novas receitas, experimente (não gosta de ir para a cozinha? Hum... Preocupante). Lute, lute sempre, por uma causa, por um ideal, pela felicidade, aprendam outra língua, mesmo aos sessenta anos.
Dicas para escapar do Alzheimer:
Uma descoberta dentro da Neurociência vem revelar que o cérebro mantém a capacidade extraordinária de crescer e mudar o padrão de suas conexões. Cerca de 80% do nosso dia-a-dia é ocupado por rotinas que, apesar de terem a vantagem de reduzir o esforço intelectual, escondem um efeito perverso: limitam o cérebro. Para contrariar essa tendência, é necessário praticar exercícios 'cerebrais' que fazem as pessoas pensarem somente no que estão fazendo, concentrando-se na tarefa.
Tente fazer um teste:
- use o relógio de pulso no braço direito;
- escove os dentes com a mão contrária da de costume;
- ande pela casa de trás para frente; (vi na China o pessoal treinando isso num parque);
- vista-se de olhos fechados;
- estimule o paladar, coma coisas diferentes;
- veja fotos de cabeça para baixo;
- veja as horas num espelho;
- faça um novo caminho para ir ao trabalho.
A proposta é mudar o comportamento rotineiro! Tente, faça alguma coisa diferente com seu outro lado e estimule o seu cérebro. Vale a pena tentar!Que tal começar a praticar agora, trocando o mouse de lado? Sucesso!!!

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